Batalha de Daradin

Em 1482, os soldados da Dinastia Eilense invadiram o litoral sul do grandioso Califado Central do Shadan. A viagem dos eilenses até lá durou cerca de 10 dias de navio, saindo do norte de Eile (de pronúncia Áili). Zarparam de Puerto Banca, em 25 de fevereiro de 1482, soldados provenientes de diversas cidades do reino, quais sejam: Albaruña - a capital do reino - Saria, Albaviedo, Alonia, Carín, Cagena, Ourife e Ásca. Muitos dos soldados saíram de suas cidades ainda no final do ano de 1481. Um total de 70 caravelas foram em direção ao Califado Central, cada uma com 75 soldados e auxiliares.

Os eilenses desembarcaram em uma região desértica, de difícil acesso devido aos penhascos litorâneos. O local do desembarque ficava a apenas 62 km das ruínas da antiga cidade de Daradin, onde parte dos eilenses planejavam acampar e aguardar os recursos oferecidos pelo Reino Cristão de Passo-Duro, que fazia fronteira com o Califado a apenas 132 km dali. Ocorre que, alguns dias depois, os habilidosos batedores do Califado Central, com suas águias mensageiras, informaram à capital do Califado, Sahalla, sobre a recente invasão e o acampamento em Daradin.

Cerca de 250 soldados foram enviados para acampar em Daradin e aguardar os suprimentos de Passo-Duro. Os outros cinco mil soldados, acamparam em um oásis perto do local do desembarque. O califa enviou cerca de 1000 soldados para destruírem o acampamento dos eilenses, vindos de Harashli, Banira, Shafadin e Ta'ila. Foi um massacre, no dia 23 de março de 1482, os árabes centralenses atacaram durante a noite e dizimaram os 250 soldados inimigos, perdendo 100 dos seus, devido às resistentes armaduras eilenses. Ao fim da batalha, antes de matarem o último dos cinco soldados inimigos capturados, conseguiram informações a respeito de um outro acampamento ao sul, porém de proporções imensamente maiores do que a do acampamento nas ruínas de Daradin.

Visando intimidar os invasores, os centralenses, por ordens do general do califa, crucificaram os corpos dos 250 soldados mortos logo ao norte do acampamento principal dos eilenses. O horizonte ficou coberto de cruzes.


Trecho do excerto "Glória em Daradin", de Abdur Rahmaan el-Yousif, escritor centralense que presenciou a batalha:

"Nosso povo dizimou os cristãos invasores, o dourado das areias foi tomado por um forte vermelho. Nosso estandarte negro e esmeraldino voltou a flamular nas ruínas de nossa antiga cidade. Lutamos com honra, o fogo de nossas tochas e flechas os acordou para a batalha. Muitos dos inimigos viam a morte em batalha como uma honra, assim foi feito, não sobrou uma alma viva..."


Trecho do excerto "Martírio no deserto", de Anselmo Perata, escritor eilense do acampamento litorâneo que foi ao local da batalha dias depois:

"Os soldados enviados para receber os mantimentos foram massacrados, seus braços e pernas espalhados pelo deserto não refletiam a beleza do que a eles estava reservado. Seu martírio não foi em vão, logo a fé irá conquistar esta terra. Nunca tinha visto tantos horrores em minha vida, os morros próximos a Daradin e ao acampamento principal estavam cobertos por cruzes com os corpos dos nossos soldados martirizados..."


Representação de uma tropa centralense e de uma tropa eilense, respectivamente.




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